Orquestra Sinfônica e Coral Lírico de Minas Gerais celebram os 150 anos de “Réquiem de Verdi” concertos histórico
Na noite de 22 de maio de 1874, os moradores de Milão que foram à Igreja de São Marcos não poderiam imaginar que estavam prestes a acompanhar não apenas a estreia de mais uma obra do célebre compositor Giuseppe Verdi, mas sim para testemunhar a primeira apresentação de um verdadeiro monumento da música clássica, que atravessaria os séculos e seria até hoje interpretado pelas maiores orquestras e aplaudido pelo público em todas as partes do mundo.
Um século e meio após o icônico concerto, a Orquestra Sinfônica e o Coral Lírico de Minas Gerais, com participação do Coro Madrigale e dos solistas Betty Garcés (Colômbia), Ana Lúcia Benedetti, Enrique Bravo (Chile) e Anderson Barbosa, unirão suas vozes e talentos em duas apresentações históricas no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. A regência será da maestra Ligia Amadio, regente titular e diretora musical da OSMG.
Os espetáculos em homenagem a uma das mais definitivas obras do repertório sinfônico serão nos dias 28 e 29 de maio, às 20 horas, com ingressos no primeiro lote a R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada). As entradas estão à venda na bilheteria do Palácio das Artes e no site da Eventim.
Uma obra que entrou para a história – Quando o célebre autor de óperas Gioachino Rossini morreu, em 1868, Verdi sugeriu que diversos compositores italianos deveriam compor em conjunto um Réquiem – gênero musical criado para cerimônias fúnebres ou para homenagear os mortos –, e começou a empreitada com uma versão de “Libera me”. No ano seguinte, uma Missa para Rossini foi compilada por 13 compositores. A estreia foi marcada para 13 de novembro de 1869, primeiro aniversário da morte de Rossini. Em 4 de novembro, nove dias antes da estreia, o comitê organizador abandonou o projeto. Ainda que frustrado, Verdi continuou nos anos que se seguiram trabalhando em seu “Libera me”.
Em maio de 1873, faleceu o escritor e humanista italiano Alessandro Manzoni, a quem Verdi havia admirado por toda a sua vida. Ao ouvir a notícia de sua morte, Verdi decidiu finalizar um Réquiem, desta vez sozinho, em homenagem a Manzoni. Viajou para Paris em junho, onde começou a trabalhar na obra, dando-lhe a forma como conhecemos hoje, incluindo uma versão daquele “Libera me” composto originalmente para Rossini. O “Réquiem de Verdi” foi executado pela primeira vez em maio de 1874, no primeiro aniversário da morte de Manzoni, e o próprio Verdi regeu a obra.
Para a diretora artística da Fundação Clóvis Salgado, Cláudia Malta, o “Réquiem” de Giuseppe Verdi é uma obra emblemática que transcende os limites da música sacra e das missas fúnebres, ocasiões para as quais os réquiens eram compostos, explorando as profundezas da emoção humana diante da morte e da redenção. Cláudia destaca alguns dos momentos mais marcantes da obra e explica porque ela segue relevante e tão executada até os dias de hoje.
SERVIÇO
Concertos da Liberdade – Réquiem de Verdi
Data: 28 e 29 de maio
Horário: 20h
Local: Grande Teatro Cemig Palácio das ArtesI
ngressos a partir de R$ 10 reais
Classificação indicativa: 10 anos
Informações para o público: (31) 3236-7400 | www.fcs.mg.gov.br